quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Baixa Idade Média

 
Inovações tecnológicas, renascimento comercial, renascimento urbano, origem da burguesia, os burgos, crise do feudalismo, história medieval.
 
Introdução

A Baixa Idade Média é o período da história Medieval que vai do século XIII ao XV. Corresponde a fase em que as principais características da Idade Média, principalmente o feudalismo, estavam em transição. Ou seja, é uma época em que o sistema feudal estava entrando em crise. Muitas mudanças econômicas, religiosas, políticas e culturais ocorrem nesta fase.


Mudanças na forma de produzir

O século XIII representou uma época de avanços tecnológicos na área agrícola. O desenvolvimento do arado de ferro com rodas, do moinho hidráulico e a utilização da atrelagem dos animais (bois e cavalos) pelo peito representaram uma evolução agrícola importante, trazendo um aumento significativo na produção dos gêneros agrícolas.

Crescimento demográfico

O século XIII foi marcado também pela diminuição nas guerras. Vivenciou-se neste período uma situação de maior tranqüilidade em função do fim das cruzadas. Este clima de paz em conjunto com o aumento na produção de alimentos significou um significativo aumento populacional no continente europeu. Este crescimento demográfico foi interrompido em meados do século XIV com a peste bubônica, que matou cerca de um terço da população européia.

Renascimento Comercial e Urbano

Quando retornavam das cruzadas, muito cavaleiros saqueavam cidades no oriente. O material proveniente destes saques (jóias, tecidos, temperos, etc) eram comercializados no caminho. Foi neste contexto que surgiram as rotas comerciais e as feiras medievais. A saída dos muçulmanos do mar Mediterrâneo também favoreceu o renascimento comercial.

Foi neste contexto que começou a surgir uma nova camada social: a burguesia. Dedicados ao comércio, os burgueses enriqueceram e dinamizaram a economia no final da Idade Média. Esta nova camada social necessitava de segurança e buscou construir habitações protegidas por muros. Surgia assim os burgos que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades (renascimento urbano).

As cidades passaram a significar maiores oportunidades de trabalho. Muitos habitantes da zona rural passaram a deixar o campo para buscar melhores condições de vida nas cidades européias (êxodo rural). Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que mexer nas obrigações dos servos, amenizando os impostos e taxas. Em alguns feudos, chegaram a oferecer pequenas remunerações para os servos. Estas mudanças significaram uma transformação nas relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema feudal de produção.

Com o aquecimento do comércio surgiram também novas atividades como, por exemplo, os cambistas (trocavam moedas) e os banqueiros (guardavam dinheiro, faziam empréstimos, etc).

Estes novos componentes sociais (burgueses, cambistas, banqueiros, etc) passaram a começar a se preocupar com a aquisição de conhecimentos. Este fato fez surgir, nos séculos XII e XIII, várias universidades na Europa. Estas instituições de ensino dedicavam-se ao aos conhecimentos matemáticos, teológicos, medicinais e jurídicos.

Alguns fatos históricos importantes ocorridos na Baixa Idade Média:
- Cisma entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente (1054)
- O papa Urbano II convoca a Primeira Cruzada com o objetivo de libertar a Terra Santa (1095)
- A Inquisição foi instituída pelo papa Gregório IX (1231)
- Início da Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra (1337)
- Chegada dos espanhóis, liderados por Cristovão Colombo, à América (1492)
 

As Cruzadas


As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.

Organização
Em 1095, Urbano II, em oposição a este impedimento, convocou um grande número de fiéis para lutarem pela causa. Muitos camponeses foram a combate pela promessa de que receberiam reconhecimento espiritual e recompensas da Igreja; contudo, esta primeira batalha fracassou e muitos perderam suas vidas em combate.

Após a Primeira Cruzada foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários que tiveram importante participação militar nos combates das seguintes Cruzadas.

Após a derrota na 1ª Cruzada, outro exército ocidental, comandado pelos franceses, invadiu o oriente para lutar pela mesma causa. Seus soldados usavam, como emblema, o sinal da cruz costurado sobre seus uniformes de batalha. Sob liderança de Godofredo de Bulhão, estes guerreiros massacraram os turcos durante o combate e tomaram Jerusalém, permitindo novamente livre para acesso aos peregrinos.

Outros confrontos deste tipo ocorreram, porém, somente a sexta edição (1228-1229) ocorreu de forma pacífica. As demais serviram somente para prejudicar o relacionamento religioso entre ocidente e oriente. A relação dos dois continentes ficava cada vez mais desgastada devido à violência e a ambição desenfreada que havia tomado conta dos cruzados, e, sobre isso, o clero católico nada podia fazer para controlar a situação.

Embora não tenham sido bem sucedidas, a ponto de até crianças terem feito parte e morrido por este tipo de luta, estes combates atraíram grandes reis como Ricardo I, também chamado de Ricardo Coração de Leão, e Luís IX.


Relação de todas as Cruzadas Medievais:

- Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096)
- Primeira Cruzada (1096 a 1099)
- Cruzada de 1101
- Segunda Cruzada (1147 a 1149)
- Terceira Cruzada (1189 a 1192)
- Quarta Cruzada (1202 a 1204)
- Cruzada Albigense (1209 a 1244)
- Cruzada das Crianças (1212)
- Quinta Cruzada (1217 a 1221)
- Sexta Cruzada (1228 a 1229)
- Sétima Cruzada (1248 a 1250)
- Cruzada dos Pastores (1251 a 1320)
- Oitava Cruzada (1270)
- Nona Cruzada (1271 a 1272)
- Cruzadas do Norte (1193 a 1316)


Consequências
Elas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram também novos conhecimentos, originários do Oriente, na Europa, através da influente sabedoria dos sarracenos.

Não podemos deixar de lembrar que as Cruzadas aumentaram as tensões e hostilidades entre cristãos e muçulmanos na Idade Média. Mesmo após o fim das Cruzadas, este clima tenso entre os integrantes destas duas religiões continuou.

Já no aspecto cultural, as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento de um tipo de literatura voltado para as guerras e grandes feitos heróicos. Muitos contos de cavalaria tiveram como tema principal estes conflitos.

Curiosidade: A expressão "Cruzada" não era conhecida nem mesmo foi usada durante o período dos conflitos. Na Europa, eram usados termos como, por exemplo "Guerra Santa" e Peregrinação para fazerem referência ao movimento de tentativa de tomar a "terra santa" dos muçulmanos.

 

Linha do Tempo - Idade Média


486- Clóvis tornou-se rei dos francos e fundou a dinastia merovíngia, governante do Primeiro Estado Franco.

527-565 Justiniano I governou o Império Bizantino e
desenvolveu o famoso Código Justiniano de leis.

622- Maomé, fundador da religião muçulmana, fugiu de Meca para Medina. A fuga de Maomé, chamada de Hégira, assinala o começo do calendário muçulmano.

661- O califado dos omíadas estabeleceu a capital do império muçulmano em Damasco.

711- Os muçulmanos invadiram a Espanha e deram início à ocupação que durou cerca de 700 anos.

732- Carlos Martel liderou os francos na derrota que impuseram aos invasores muçulmanos em Tours. Essa vitória impediu que os muçulmanos conquistassem a Europa.

750- O califado dos abássidas substituiu o dos omíadas como governantes do império muçulmano e posteriormente estabeleceu a nova capital em Bagdá.

750- Carlos Magno tornou-se governante dos francos.

770- Os chineses inventaram a
impressão com blocos de madeira.

800- O papa Leão III coroou Carlos Magno imperador dos romanos.

843- O tratado de Verdun dividiu o império de Carlos Magno em três partes, iniciando-se o
desenvolvimento nacional da França, Alemanha e Itália.

862- Rurik, chefe dos varegos (viquingues), estabeleceu seu governo em Novgorod e fundou o império russo.

878- Alfredo, o Grande, da Inglaterra, derrotou os dinamarqueses na batalha de Edington.

969- Os fatímidas conquistaram o Egito e transformaram o Cairo no centro do império muçulmano.

987- Hugo Capeto tornou-se rei da França e fundou a dinastia capetíngia que governou até 1328.

1000- Leif Ericson navegou para oeste, da Groenlândia para o continente norte-americano. Comandou o que foi, provavelmente, a primeira expedição européia ao continente das Américas.

1016- Canuto tornou-se rei da Inglaterra e submeteu todo o país ao
domínio dinamarquês.

1037- Os turcos seldjuques conquistaram a maioria dos reinos iranianos.

1066- Forças normandas , sob o comando de Guilherme, o Conquistador, derrotaram os anglo-saxões na batalha de Hastings, terminando o domínio anglo-saxão na Inglaterra.

1099- Forças cristãs conquistaram Jerusalém, no final da Primeira Cruzada.

1187- Tropas muçulmanas sob o comando de Saladino reconquistaram Jerusalém.

1192- Yorimoto tornou-se o primeiro xogum a governar o Japão.

1215- Barões da Inglaterra forçaram o rei João a assinar a Magna Carta.

1279- Kublai Khan liderou os mongóis completando a conquista da China.

1368- A dinastia Ming começou seu domínio de 300 anos na China.

1440- Johannes Gutenberg, um impressor alemão, inventou o tipo móvel.

1453- Os turcos otomanos conquistaram Constantinopla (Istambul) e derrubaram o Império Bizantino.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Renascimento do direito Romano



O Direito Romano foi o direito mais organizado do mundo antigo, com institutos que adotamos até hoje em nosso Direito. Após a decadência do Império Romano do Ocidente, começou a ruir também o Direito, que teria o seu renascimento na Europa Ocidental, por volta do ano 1000 a.d.
Este trabalho mostrará esse processo de renascimento do Direito Romano, apontando as diferentes escolas doutrinárias, no chamado "primeiro" e "segundo" renascimento, tratando, ainda, dos fatos históricos, entre outras coisas.
Por volta do ano 800, Carlos Magno iniciou um Renascimento Cultural na Europa. Criou escolas, onde os nobres deveriam aprender a ler e a escrever, o que o próprio Carlos Magno não sabia, apesar de falar grego e latim. Nessas escolas, onde eram ensinadas gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria e música, foram, aos poucos, resgatando muito da cultura da Roma antiga. Esse Renascimento transmitiu aos anos posteriores o conhecimento que se teria perdido, e assim inicia-se um lento processo para o renascimento do Direito Romano, que ainda esperaria por mais alguns séculos para começar a interferir no Direito vigente, formado por algumas leis, as capitulares (aprovadas por um conselho chamado "Capítulo") que seriam as primeiras leis escritas da Idade Média.
Por volta do ano 1000 instaura-se o regime feudal e o Direito Canônico aparece e passa a ser o Direito vigente na época. Com o avanço desse regime, os antigos servos, que já se dedicavam ao artesanato e ao comércio de seus produtos, passaram a lutar por mais direitos e por uma maior independência em relação aos senhores feudais. Passaram, então, a se reunir em "comunas" ou "burgos", fortalecendo a sua classe, a burguesia.
A população das comunas foi aumentando consideravelmente, os burgueses passaram a criar o seu próprio direito, independente daquele aplicado no feudo. Os camponeses, que viviam na zona rural, passaram a mudar sua morada para a cidade. Esse contexto de luta por direitos e fortalecimento da classe burguesa, abandonando os feudos e iniciando uma era de comércio entre cidades, foi o palco ideal para o Renascimento do Direito Romano, dois séculos após as primeiras leis escritas da Idade Média.

1.1 Escola dos Glosadores

Durante um longo período da Idade Média, o Direito Romano ficou desaparecido e desconhecido por todos. Assim não havia nenhum vestígio da existência desse direito. O que vigia nessa época era o Direito Consuetudinário e o Canônico.
Em 1090, Irnério um monge, professor de gramática e de dialética em Bolonha, descobriu, durante pesquisas, um manuscrito do Digesto numa biblioteca de Pisa. A partir daí passou a estudá-lo. Durante seus estudos passou a inserir explicações de certos termos em suas margens e entre linhas. Essas explicações eram chamadas de glosas. Irnério formou um grupo para estudo do Digesto. Esse grupo veio a se chamar Glosadores, devido àquelas glosas inseridas no manuscrito do Digesto. Com esse estudo, procuraram a adaptação do texto do Digesto ao direito existente e então vigente, ou seja, aos Direitos Consuetudinários e o Direito Canônico. Observa-se quanto ao modo es que as glosas eram inseridas no texto: as glosas mais curtas eram escritas entrelinhas e as mais longas, às suas margens.
O método utilizado pelos glosadores, para estudar os digesto, passou a ser utilizado por toda Europa. Assim por toda Europa passou-se a utilizar estudos idênticos àquele para estudar as jurisprudências existentes. Este estudo aqui referido ocorreu em Paris, Oxford, Valência, etc.
Notou-se, através de todo este estudo, que o Direito Romano, que por tanto tempo ficou desaparecido e, conseqüentemente, esquecido, possuía um alto grau de evolução e racionalização em frente àquele conhecido.


                  TRANSIÇÃO

 
Pode se dizer que a Baixa Id. Média foi um período de transição do Feudalismo para a primeira fase do Capitalismo(Mercantilismo). Quando eu menciono Id. Média estou me referindo a Alta Id. Média que tinha como base o sistema Feudal, sua economia era desmonetizada, ou seja, eles não utilizavam moedas, a base de troca era natural. O Capitalismo era monetário, ou seja, eles usavam moedas e o valor dessas moedas era dado de acordo com o metal que o constituía. Com isso os Europeus se lançaram ao mar para buscar metais, pois achavam que suas reservas estavam se esgotando.

Com o início da navegação eles descobrem o Novo
Mundo, que consiste nas Américas, e também inicia a Expansão Marítimo Comercial. O Capitalismo visa principalmente o lucro, ele foi dividido em três fases:

Mercantilismo;
Cap. Industrial;
Cap.
Financeiro.

Mercantilismo, doutrina de
pensamento econômico que prevaleceu na Europa durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Propugnava que o governo devia exercer um controle férreo sobre a indústria e o comércio para aumentar o poder da nação, ao conseguir que as exportações superem em valor as importações(E>I). O mercantilismo era um conjunto de sólidas crenças, entre as quais cabe destacar: a idéia de que era preferível exportar para terceiros a importar bens ou comercializar dentro do próprio país; a convicção de que a riqueza de uma nação depende sobretudo da acumulação de ouro e prata; e a justificação da intervenção pública na economia se voltada à obtenção dos objetivos anteriores.

Pacto colonial, conceito utilizado pelos historiadores para designar um dos aspectos do mercantilismo, segundo o qual as colônias deveriam fornecer matérias primas e produtos semi-acabados para as suas metrópoles, recebendo em troca produtos manufaturados.

Supõe, também, a exclusividade metropolitana, proibindo-se a colônia receber mercadorias de outros países ou para eles exportar diretamente seus produtos.

Uma das conseqüências do pacto colonial foi a dificuldade para estabelecer um mercado interno, já que era proibido à colônia produzir artigos que concorressem com os da metrópole.

A política no Feudalismo era um poder descentralizado em relação ao Rei. Na Id. Moderna o Rei se alia a burguesia que trocam poder político e poder econômico entre eles. O Rei, então passa a ter um poder centralizado, possui então um exército, eles a utilizar um mesmo peso, medida, moeda,
volume e fronteiras definidas, tudo isso estabeleceu uma monarquia.

A sociedade no Feudalismo era estamental. Significa que na sociedade não existia mobilidade, um servo sempre será servo, e o senhor Feudal sempre senhor Feudal. Na Id. Moderna era a burguesia que tinha o poder econômico, mas ela não tinha poder político, pois não era nobre. Isso a incomodada bastante. Então decidiram apoiar o Rei para conseguir poder político e social, pois o Rei não tinha poder econômico. A igreja Protestante apoiava a burguesia. Em um momento o Rei se sentiu muito forte e começou a abusar da burguesia, cobrando altos impostos, então a burguesia derruba o Rei e assim ocorrem as primeiras revoluções burguesas.

Nas cruzadas cada participante tinha um objetivo que pode ser considerado apenas econômico, menos o objetivo cristão. A Igreja queria impedir o avanço do protestantismo, os senhores feudais queriam expandir suas áreas provocando a expansão marítima, assim podemos ver claramente os interesses econômicos. A Igreja Católica Apostólica Romana monopoliza a vida do homem na Id. Média. Ela impunha temor nos fiéis, a fé é a palavra chave. A igreja criou dogmas para persuadir o homem. Tudo nessa época possuía uma visão teocêntrica, o homem nessa época tinha visão de coletividade e pessimismo. Aos poucos com chegada do Capitalismo, esse homem se tornou mais individualista, canalizando a razão e a fé, se tornando ambíguo, ou seja, confuso e perdido.o teocentrismo se contrapunha com o antropocentrismo, assim a igreja foi perdendo o seu poder. O homem que vivia nos burgos realizava o comércio e era muito ambicioso. Tornava-se racional e agora acreditava na ciência, baseada na observação e na ciência, então surge um movimento chamado de Renascimento.


            REFORMA IDADE MODERNA

REFORMA RELIGIOSA E A CONTRA-REFORMA

 
Objetivo:

 Mostrar o porquê  do aparecimento de novas religiões, quais foram os motivos que levaram pessoas de importância, como reis e nobres a questionarem o poder da igreja. E também qual foi a reação da igreja ao surgimento de outras religiões.

 
Pré-requisito:

 Ter lido a lição pensamento e cultura medieval, para poder entender as mudanças ocorridas na sociedade moderna.

 

REFORMA RELIGIOSA

 A reforma religiosa, pode-se dizer que foi um movimento ou até mesmo uma revolução religiosa. Onde o poder total da igreja foi questionado, desafiado. Será que tudo que era dito pela igreja era verdadeiro? Deveria ser seguido cegamente, sem perguntas?

 Essa situação ocorreu durante o séc. XVI, onde novas religiões cristãs surgiram.

A religião dominante começa a sofrer divisões. Esse aparecimento de novas religiões abalou a supremacia política e espiritual da igreja católica e a autoridade do Papa. Por isso o termoReforma. Foi uma verdadeira reforma no lado mais importante de uma sociedade: o religioso.

 A “reforma” , ou seja, o surgimento de novas religiões, não passou despercebido para a igreja católica. A reação católica a reforma foi chamada de CONTRA-REFORMA. Afinal uma instituição soberana não se deixaria vencer tão fácil.!

Essas crises marcaram também a passagem do feudalismo para o capitalismo.

 Quando o império romano acabou , a igreja assumiu o papel público na educação, justiça e economia. Com todas essas funções seria lógico que nem todos concordariam com a união :estado e igreja.

A reforma, na verdade serviu para ajustar a sociedade ao modelo capitalista. Moldá-la aos novos ideais e valores, além das transformações econômicas da Europa.

 QUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS DA REFORMA??

 Um motivo não foi só novas idéias. Mas a análise da conduta dos representantes da igreja. Muitos destes aproveitavam-se de seus cargos e do conceito popular de que eram intercessores  dos homens perante Deus, para abusar dos seus privilégios, enriquecer e entrar na política. Toda essa má conduta serviu para estimular a divisão da religião.

Outro motivo foi na formação das monarquias nacionais, onde a igreja passou a ser encarada como barreira ao progresso econômico. Porque a igreja possuía muitas propriedades em vários países, que na época pagavam tributo a Roma. Mas com a queda de Roma, as monarquias começaram a desenvolver-se e uma consciência nacional começou a surgir, fazendo que o poder do rei ficasse em oposição ao da igreja.

Na economia, as teorias de condenação a usura, ou seja, a cobrança de juros, ia de encontro com a atividade bancária.

 Na conduta, houve uma crise moral, que serviu como motivo para a reforma. Já que “eles pregavam, mas eles próprios não praticavam”. Essa corrupção moral atingia a todos os nível clericais.

 Resumindo: a igreja deu motivos para uma divisão: vida sem regras, luxo do clero, venda de cargos, relíquias sagradas e indulgências( perdão papal pelos pecados).